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Devocional Números 17 – 04.10.2024
O capítulo 17 de Números trata de mais uma intervenção de Deus para confirmar a liderança de Arão e a autoridade dos sacerdotes. Após a rebelião de Corá no capítulo 16, onde o povo contestou a liderança de Moisés e Arão, Deus decide dar um sinal claro de quem Ele escolheu para liderar o sacerdócio.
Deus ordena a Moisés que pegue um cajado de cada líder das tribos de Israel e coloque-os na Tenda do Testemunho (v. 2-4). O cajado de Arão, representando a tribo de Levi, floresceria se Deus o tivesse escolhido. No dia seguinte, o cajado de Arão não apenas floresceu, mas também produziu amêndoas (v. 8). Isso foi um sinal claro da aprovação divina da liderança de Arão.
Esse milagre mostrou ao povo que Deus é soberano sobre as escolhas e os dons no corpo de Seu povo. A liderança e o serviço no Reino de Deus não são baseados na ambição humana, mas na escolha soberana de Deus.
O florescimento do cajado de Arão não foi apenas um milagre, mas um símbolo. O cajado, uma vara morta, simbolizava a vida e a vitalidade que só Deus pode dar. Assim como o cajado de Arão foi ressuscitado à vida, o sacerdócio que Deus estabeleceu traria vida espiritual ao povo. O florescimento do cajado confirmou a escolha de Arão como mediador entre Deus e o povo — algo que aponta para Cristo, o verdadeiro Sumo Sacerdote, que ressuscita os espiritualmente mortos para a vida eterna.
O cajado foi colocado diante da arca como lembrança para o povo, um lembrete contínuo de que Deus escolhe e que Ele governa Seu povo. Isso servia para eliminar de vez as reclamações e murmurações sobre quem deveria liderar o povo (v. 10).
Números 17 é uma clara demonstração de que Deus é quem chama e confirma os líderes do Seu povo. Assim como o cajado de Arão floresceu para mostrar a aprovação de Deus, também a nossa vida espiritual floresce quando estamos alinhados com o chamado de Deus para nós. Esse capítulo nos lembra de que não podemos viver em rebelião contra a autoridade que Deus estabelece. Devemos confiar que Ele sabe o que é melhor e submeter-nos à Sua vontade.
Este capítulo nos desafia a refletir sobre a nossa atitude em relação à liderança espiritual e o serviço no Reino de Deus. Muitas vezes, assim como o povo de Israel, podemos nos sentir tentados a questionar ou resistir à autoridade que Deus coloca sobre nós — seja em nossa igreja, em nosso lar ou em outros contextos. O orgulho pode nos levar a pensar que merecemos mais ou que sabemos melhor. No entanto, Números 17 nos lembra de que Deus é quem escolhe e confirma aqueles que servem em papéis específicos.
Em termos práticos, podemos aplicar esse princípio de várias formas:
Aceite o papel que Deus te deu: Assim como o cajado de Arão floresceu porque Deus o escolheu, também somos chamados a florescer onde Deus nos plantou. Pode ser que Ele tenha te chamado para uma posição de liderança ou para um papel de apoio, e ambos são vitais no Reino de Deus. O importante é sermos fiéis ao que Ele nos chamou para fazer.
Apoie e ore pelos seus líderes: Em vez de murmurar ou questionar a liderança que Deus colocou sobre você, seja um apoio fiel. Ore por seus líderes espirituais, reconhecendo que eles também enfrentam desafios e precisam de sabedoria. Ao orar e apoiar seus líderes, você está demonstrando confiança na soberania de Deus.
Confie na escolha de Deus: Às vezes, pode ser difícil entender porque Deus escolhe determinadas pessoas para certos papéis. No entanto, a história de Arão nos ensina a confiar nas escolhas de Deus, mesmo quando não as entendemos completamente. Ele vê o que não podemos ver e sabe o que é melhor para o Seu povo.
Oração
Senhor, obrigado por nos mostrar através de Números 17 que Tu és o Deus soberano que escolhe e confirma os Teus servos. Ajuda-nos a confiar em Tuas escolhas e a nos submeter à liderança que estabeleceste sobre nós. Perdoa-nos quando questionamos ou resistimos à Tua vontade, e dá-nos corações humildes para florescermos onde nos colocaste. Que possamos sempre apoiar nossos líderes em oração, reconhecendo que eles são Teus servos. Em nome de Jesus, nosso Sumo Sacerdote perfeito, amém.
Pr Marcello Amorim